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Tenente-Coronel Armando Maçanita

 

«Diziam que eu não tinha medo. Bem, fartava-me de ter medo, mas tinha que dar o exemplo. Não acredito em indivíduos que não têm medo, só se forem inconscientes.

 

Eu tive sempre a preocupação, desde o princípio, de estabelecer entre mim e os meus soldados um laço de amizade muito forte.

 

O que mais contava eram as pessoas. Ali não havia valores, havia as pessoas.

 

Eu tinha 44 anos, eles tinham 20 e 21, a não ser os capitães e os alferes, que andavam nos 24.

 

E estabeleceu-se um contacto e uma amizade de tal forma que tornou este batalhão invencível.»

 

Palavras do Coronel de Infantaria Armando Maçanita,

in sítio: http://ultramar.terraweb.biz/06Livros_JoseFreireAntunes.htm

 

O Batalhão de Caçadores 96

 

Fonte:

7.º Volume, Tomo I, da RHMCA / CECA / EME

 

 

Batalhão de Caçadores N.º 96


Identificação: BCaç 96


Unidades Mobilizadoras:

Regimento de Infantaria 7 (RI 7 — Leiria):

Comando, Companhia de Comando e Serviços (CCS) e Companhia de Caçadores 104 (CCaç 104);

 

Regimento de Infantaria 2 (RI 2 - Abrantes): Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103);

 

Regimento de Infantaria 15 (RI 15 — Tomar):

Companhia de Caçadores 105 (CCaç 105).


Comandantes:

Tenente-Coronel de Infantaria Armando da Silva Maçanita
Tenente-Coronel de Infantaria Carlos da Costa Campos e Oliveira


2.° Comandante:
Major de Infantaria Jovelino Moniz de Sá Pamplona Corte Real


Oficial de Informações e Operações / Adjunto:

Capitão de Infantaria Jorge Afonso Cardoso


Comandantes de Companhias:

Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão de Infantaria António Mariz de Sousa e Costa
 

Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103):
Capitão de Infantaria Mário de Aguiar Gonçalves Dente
Alferes de Infantaria Casimiro Augusto Teixeira
Capitão Mil.ª de Infantaria José Luís Gomes Ferreira
 

Companhia de Caçadores 104 (CCaç 104):
Capitão de Infantaria José Maria Adriano das Neves
 

Companhia de Caçadores (CCaç 105):
Capitão de Infantaria Luís Alberto Monteiro de Oliveira Leite
 

Divisa: "Nambuangongo"


Partida:
Embarque em 05 de Maio de 1961; desembarque em 14 de Maio de 1961


Regresso:
Embarque em 09 de Maio de 1963 (em Moçâmedes)


Síntese da Actividade Operacional


Em cumprimento do plano de operações "Gama", o Batalhão de Caçadores deslocou-se, a partir de 07 de Junho de 1961, para o Norte, onde devia desenvolver operações para diminuir a pressão do inimigo nas regiões de Úcua, ocupada por um Pelotão da Companhia de Caçadores 66 (CCaç 66) e Píri, operando paralelamente ao Batalhão de Caçadores Eventual Quanza Norte (BCaç Ev/Quanza Norte), sendo de salientar os combates de Muquiama Sarna, Quissacala e Queso, de que resultaram no primeiro, baixas pesadas para o inimigo e também para as Nossas Tropas (NT), no primeiro. Em 22 de Julho de 1961, o Batalhão de Caçadores foi substituído no Píri pelo Batalhão de Caçadores 132 (BCaç 132).


Em 22 de Julho de 1961, foi difundido o plano "Viriato", segundo o qual o Batalhão de Caçadores, com o Batalhão de Caçadores 114 (BCaç 114) e a Companhia de Cavalaria 149 (CCav 149), deviam abrir itinerários, convergentes em Nambuangongo, a partir da ponte do Dange, Caxito e Ambriz. Todavia, antes da rendição, teve lugar o combate defensivo de Muquiama Sarna, de novo, no qual um Pelotão da Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103) sofreu um ataque do inimigo em massa, com inaudita decisão, de 400 elementos que, ao cabo de hora e meia, foram repelidos com pesadíssimas baixas. Atravessando o rio Dange e o rio Luíca, em 23 de Julho de 1961, novo ataque com as mesmas características e consequências para o inimigo, que, entretanto, até à chegada a Mucondo, atingida em 26 de Julho de 1961, emboscou ainda várias vezes.


Muxaluando foi ocupada em 07de Agosto de 1961. Grave falta de reabastecimentos tinha surgido, sanada em 04 de Agosto de 1961, com a chegada do 2.º escalão do batalhão, vindo do Píri.


Refira-se em 29 de Julho de 1961, o combate defensivo de Mucondo, no qual 800 elementos inimigos, com Metralhadoras Ligeiras (ML), Pistolas Metralhadoras (PM), espingardas, canhangulos e catanas, atacaram em massa e foram repelidos com graves baixas: 53 mortos contados e 60 feridos conhecidos. Faz-se menção ainda às muitas centenas de valas profundas e largas, abatizes e pontões destruídos, que foi preciso superar, numa área completamente devastada e sem quaisquer recursos logísticos. Em 09 de Agosto de 1961, finalmente, foi atingido Nambuangongo pela Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103).


Em 20 de Outubro de 1961, surgiu o primeiro dispositivo estável, que na 3.ª fase, em Dezembro de 1961, era o seguinte: o Comando, Companhia de Comando e Serviços (CCS), Pelotão de Sapadores 23 (PelSap 23), Pelotão de Morteiros 12 (PelMort 12) e Pelotão de Canhões Sem Recuo 10 (PelCanhSRc 10) em Muxaluando, a Companhia de Caçadores (CCaç 103) em Nambuangongo, a Companhia de Caçadores 104 (CCaç 104) em Mucondo, a Companhia de Caçadores 105 (CCaç 105) em Lifune-Tári, a Companhia de Caçadores 391 (CCaç 381) do Batalhão de Caçadores 382 (BCaç 382) na Fazenda Maria Fernanda, a Companhia de Caçadores 270 (CCaç 270) na Beira Baixa, e ainda destacamentos em Fazenda Onzo, Quixito, Alto Lifune, Marcoense, Santo António e Beira Baixa. Apoiaram logisticamente o Batalhão de Caçadores, o Destacamento de Manutenção de Material 206 (DestManMat 206) e o Destacamento de Intendência 213 (Destlnt 213). Com carácter eventual, reforçaram o Batalhão de Caçadores a Companhia de Caçadores (CCaç 78) em Quibaxe, a Companhia de Caçadores 66 (CCaç 66) em Úcua, a Companhia de Caçadores 165 (CCaç 165) do Batalhão de Caçadores 158 (BCaç 158) e Companhia de Caçadores 140 (CCaç 140) do Batalhão de Caçadores 137 (BCaç 137).


Mencionam-se as operações "Viriato", "Esmeralda", "Turbilhão", "Golias" - reforçado com o Batalhão de Caçadores 261 (BCaç 261) -, "Siroco", "Branca de Neve" e "Pé Leve".


Com início dos movimentos em 05 de Março de 1962, o Batalhão de Caçadoresç foi rendido no subsector de Nambuangongo, no Sector 3, da Zona de Intervenção Norte (ZIN), pelo Batalhão de Cavalaria 350 (BCav 350), em 31 de Março de 1962.


O Batalhão de Caçadores, após algumas semanas no Grafanil, em Luanda, iniciou em 18 de Abril de 1962 o deslocamento para a Zona de Intervenção do Sul (ZIS), com a sede em Sá da Bandeira. O Batalhão de Caçadores assumiu o comando da ZIS, cujo dispositivo integrava o Regimento de Infantaria de Sá da Bandeira (RISB), o Grupo de Artilharia de Campanha de Sá da Bandeira (GACSB) e o Batalhão de Caçadores 96 (BCaç 96). O Comando, Companhia de Comando e Serviços (CCS) e a Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103) instalaram-se em Sá da Bandeira, a Companhia de Caçadores 104 (CCaç 104) em Pereira d'Eça e a Companhia de Caçadores 105 (CCaç 105) em Moçâmedes; em 10 de Agosto de 1962, a Companhia de Caçadores 103 (CCaç 103) instalou um pelotão em Caconda e para onde foi depois transferida, em 02 de Novembro de 1962.


No período, desenvolveu persistente actividade nos capítulos da informação, acção social, de vigilância e segurança.


Em 09 de Maio de 1963, foi rendido pelo Batalhão de Cavalaria 345 (BCav 345), tendo efectuado o embarque de regresso em Moçâmedes.


Observações:
Tem História de Unidade (Caixa n.º 145 — 2.ª Div/2.ª Sec, do AHM)
A CCaç 105 tem História de Unidade (Caixa n.º 145 — 2.ª Div/2.ª Sec, do AHM)

 

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