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Tenente-Coronel Armando Maçanita

 

«Diziam que eu não tinha medo. Bem, fartava-me de ter medo, mas tinha que dar o exemplo. Não acredito em indivíduos que não têm medo, só se forem inconscientes.

 

Eu tive sempre a preocupação, desde o princípio, de estabelecer entre mim e os meus soldados um laço de amizade muito forte.

 

O que mais contava eram as pessoas. Ali não havia valores, havia as pessoas.

 

Eu tinha 44 anos, eles tinham 20 e 21, a não ser os capitães e os alferes, que andavam nos 24.

 

E estabeleceu-se um contacto e uma amizade de tal forma que tornou este batalhão invencível.»

 

Palavras do Coronel de Infantaria Armando Maçanita,

in sítio: http://ultramar.terraweb.biz/06Livros_JoseFreireAntunes.htm

 

Homenagem em 16Set2005

HOMENAGEM AO CORONEL MAÇANITA
16 de Setembro de 2005

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Portimão

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Portimão

Exmo. Senhor General 2º Comandante da Região Militar Sul em representação do Senhor General SEME e do Comandante da RAMS

Exmo. Senhor General Presidente do Conselho Supremo da LC

Exmas. Autoridades Civis e Militares

Exmo. Senhor General Presidente do Núcleo de Lagoa/Portimão Olhão, Tavira, Faro e LAGOS

Exmo. Senhor Coronel Armando da Silva Maçanita e Exma. Esposa D. Maria da Conceição

Ilustres Convidados

Minhas Senhoras e meus Senhores

Combatentes

O dia 16 de Setembro ficará assinalado na história recente e futura do Município de Portimão, como mais um dia em que se praticou um acto de justiça. A sociedade civil, representada pela Câmara Municipal de Portimão, presta pública e duradoura homenagem a um filho, no caso um militar. Mais propriamente a um combatente. Concretamente a um combatente que cedo reconheceu ser A Liga dos Combatentes a única instituição onde poderia continuar a sua missão de combatente, tornando-se seu membro e destacado dirigente.

Homenagem, do mais elevado nível cívico e citadino para além de outras já recebidas ao longo da sua vida e das quais recordo a prestada pelos seus homens na comemoração dos 30 anos da tomada de Nambuangongo, com a particularidade que lhe dá maior significado e sentido de oportunidade, de ser praticada em vida do homenageado e não como muitas vezes acontece, para lá do tempo. Está por isso de parabéns V. Ex.ª Senhor Presidente da Câmara Municipal de Portimão e está de parabéns o Núcleo de Lagoa/Portimão da Liga dos Combatentes pela iniciativa, pelo apoio a ela dado e pelo reconhecimento público que entenderam dar a uma figura da história da guerra do ultramar 1961/1974: O senhor Coronel Armando da Silva Maçanita. Reconhecimento que o General Chefe do Estado Maior do Exército entendeu dar, fazendo-se representar pelo senhor 2º Comandante da Região Militar do Sul a quem peço que transmita ao senhor General CEME e Senhor General Comandante da RMS os nossos agradecimentos pela distinção.

Acabámos de ouvir a intervenção suficientemente elucidativa do profundo sentimento e carinho que evoca a personalidade do homenageado e os feitos que a ela associamos. Sentimento que no Portugal Profundo é extensível a toda a epopeia que àqueles feitos se seguiu. Como Presidente da Direcção da Liga dos Combatentes compete-me dar testemunho de reconhecimento nacional da figura de combatente do senhor Coronel Maçanita, que a história já inscreveu, mas que ele prolongou, para além do tempo obrigatório que lhe reservou toda uma vida militar, na defesa dos valores patrióticos e de solidariedade, na Liga dos Combatentes, onde foi durante dez anos Presidente do Núcleo de Portimão e de que é ainda hoje seu presidente honorário. Foi nessa Instituição, em cuja grandeza alguns tropeçam e que nem se dão conta que desfralda no seu estandarte nacional a Torre Espada de Valor, Lealdade e Mérito, da Cruz de Guerra 1ª Guerra 1ª Classe, de membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, da Grã Cruz de Benemerência da Cruz Vermelha, que o senhor Coronel Maçanita se juntou a tantos outros da sua estripe e ela igualmente enriqueceu com o seu valor, a sua lealdade, o seu mérito e a sua lucidez de espírito.

Foi na Instituição Liga dos Combatentes que ele encontrou o lugar onde os valores superiores por que se bateu como cidadão e militar, podiam por ele continuar a ser vividos e defendidos. Instituição secular que se espalha por todo o país e no estrangeiro, em 64 Núcleos, com 154.000 membros inscritos, desde sempre uma verdadeira instituição de combatentes de representatividade nacional e que aqui no Algarve se estende de Leste a Oeste, de Olhão a Loulé. De Tavira a Faro e de Lagoa/Portimão a Lagos e que há mais de oitenta anos aqui defende os valores e protege os combatentes que Portugal teve nos conflitos que enfrentou e defenderá nos que venha a enfrentar. Assumimo-nos portanto também aqui como uma verdadeira instituição de Combatentes do Algarve e com os seus homens e mulheres sempre contámos na prossecução dos nossos objectivos: desde o início, e sem um único dia termos fechado as portas, ou aberto vazios, fosse qual fosse o regime, o apoio social aos mais carenciados e suas viúvas, nomeadamente os mutilados. Gaseados ou com stress de guerra e a defesa intransigente dos direitos dos vivos, jovens e idosos e dos valores espirituais, morais e históricos de Portugal.

Sabe o senhor Coronel Maçanita, como poucos, como é fácil, nesta área, proclamarem-se supostas bandeiras e definirem-se objectivos a atingir. Sabe, como poucos, como é difícil atingi-los. Mas lutou sempre dentro da Liga dos Combatentes. Não foi necessário dela sair para se continuar a bater pelos direitos e deveres dos seus membros ou dos combatentes em geral. Este exemplo é importante hoje ser apontado, como mais uma das suas virtudes, assim é hoje importante conscientemente reconhecer e afirmar que os combatentes não devem deixar transformar-se em artigo de consumo político ou comercial. Devem unir-se para procurar ser fortes na defesa da resolução dos seus problemas comuns, evitando pulverizações escusadas por mais constitucionais que sejam.

Distingue-se hoje um homem combatente. Distingue-se um chefe militar e um membro da Liga dos Combatentes. Nessa distinção estão, em particular as autoridades civis de Portimão e os combatentes. É uma oportunidade ímpar de demonstração da imprescindível cooperação que importa garantir da imprescindível cooperação que importa garantir exista entre os (órgãos da Liga dos) Combatentes e as entidades da administração pública. É nosso imperativo estatutário e eu felicito-me por isso. Permita-me senhor Presidente que reforce os anseios manifestados pelo Senhor Presidente do Núcleo de Lagoa/Portimão quanto à materialização de um Monumento aos Combatentes.

Finalmente gostaria de transmitir ao Sr. Coronel Maçanita e a V. Exa., e é com muito prazer que o faço, que a Direcção Central da LC decidiu em reunião de 1 de Setembro de 2005 atribuir ao Sr Coronel Armando da Silva Maçanita a sua mais elevada recompensa, a Medalha de Honra ao Mérito da Liga dos Combatentes . A imposição da condecoração terá lugar no próximo dia 29 de Outubro, dia do Aniversário do Núcleo de Lagoa/ Portimão. Termino, dirigindo-me a Vª Exa Senhora D. Maria da Conceição, sublinhando na pessoa de V. Ex.ª todo o nosso respeito pelo esforço, silencioso sofrimento e coragem das mulheres e mães dos combatentes portugueses. Os nossos sinceros parabéns pelas justas homenagens públicas que se estão processando na pessoa de seu marido senhor Coronel Maçanita.

Meu Coronel, sabe muito bem, e felizmente sentiu-o em vida, que tem um lugar na História da Liga dos Combatentes e na História da Liga dos Combatentes e na História recente do Exército Português. Agora na História da Cidade que viu nascer. Sinceros Parabéns.

Fonte: http://www.ligacombatentes.org.pt/upload/discursos_presidente/052.htm

 

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