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Rui Hortelão (com Luís Sanches de Baêna, e Abel Melo e Sousa)

 

O livro:

"Alpoim Calvão - Honra e Dever"

 

título:"Alpoim Calvão - Honra e Dever"
autor(es): Rui Hortelão (com Luís Sanches de Baêna, e Abel Melo e Sousa)

editora: Caminhos Romanos
1ªed. Braga, Out2012
610 págs (incluindo anexo documental e ilustrações: 21 fotos côr e 101 p/b)
24x17cm
preço: 25,00€ (aquisição)
dep.leg: PT-349694/12
ISBN: 989-8379-25-2

 

Clique nos sublinhados para visualização dos conteúdos

 

Sinopse:
A vida de Alpoim Calvão, o militar mais condecorado da Marinha Portuguesa, é muito mais que a vida de um homem de armas. É a vida de um dos principais protagonistas da História de Portugal das últimas seis décadas.

Esta é a saga de um homem que aos 33 anos liderou as forças nacionais na investida a Conakry para libertar presos portugueses. A operação "Mar Verde"(1970), ainda hoje estudada nas escolas militares de todo mundo, continua sem ser oficialmente reconhecida por Portugal.

Uma vida única! Uma biografia fundamental para conhecer compreender a vida portuguesa dos últimos 60 anos.

 

Excertos:

– «Em 16 de Setembro de 1963, por portaria do ministro da Marinha, são criados os DFE nº 6, 7 e 8. O primeiro destinava-se a Angola, enquanto os outros dois tinham por objectivo reforçar o dispositivo da Marinha na Guiné, onde o conflito se agudizava e assumia um carácter cada vez mais violento. [...] Para comandar o DFE8, é nomeado o primeiro-tenente Alpoim Calvão, que, tendo entretanto terminado o Curso de Fuzileiros Especiais, voltara a oferecer-se, desta vez, para uma comissão na Guiné. As motivações desta insistência explicou-as, mais tarde, o próprio no livro: "Sempre quis ir para a Guiné porque, devido à sua orografia, hidrografia, condições de terreno e clima, era o mais indicado para a actuação de fuzileiros. Acresce que tinha lido, em casa, vários relatórios e croquis feitos por um avô de minha mulher. Por decisão do CEMA [Almirante de Roboredo], fui nomeado comandante do DFE8, destinado à Guiné."»; (pág.53).

– «Alpoim Calvão não mostrava grandes preocupações quanto à sua defesa pessoal. Usualmente armava de G3, mas muitas vezes optava por levar apenas uma pistola-metralhadora UZI, de origem israelita, oferecida por um homem da Direcção-Geral de Segurança (DGS), ou até mesmo uma simples pistola, e não costumava carregar com muitas munições. Entendia que a missão de um comandante não era estar deitado a dar tiros, como um simples atirador, mas sim permanecer de pé enquanto o tiroteio chicoteava as copas das árvores ou ceifava o capim e lhe assobiava aos ouvidos. Procurava estar o mais protegido que fosse possível, qualquer tronco de árvore, por mais estreitinho que fosse, servia. [...] Numa das fases da operação "Tridente" seguia como observador o capitão-tenente Melo Cristino, director de instrução da Escola de Fuzileiros, que, nunca tendo participado em qualquer campanha, pretendia sentir ao vivo o comportamento das unidades em combate, razão por que entendera visitar o teatro de operações da Guiné e fizera questão em acompanhar pessoalmente uma acção. Nessa ocasião, quando algumas secções do DFE8 progrediam na retaguarda de um pelotão de pára-quedistas, a Unidade caiu debaixo de fogo inimigo, responsável por duas baixas. Durante o intenso tiroteio travado de seguida e enquanto o tenente Calvão de pé, como era seu hábito, simplesmente protegido pelo tronco de um coqueiro, procurava orientar a manobra dos seus homens, o comandante Melo Cristino, surpreendido pela violência do fogo e pela chuva de metralha que caía em seu redor, gatinha desorientado pelo chão em redor do coqueiro sem saber muito bem o que fazer, procurando encontrar um abrigo seguro que lhe garantisse protecção. A admiração e o respeito que passou a sentir pela coragem de Alpoim Calvão e dos seus fuzileiros deixou de conhecer limites. Ele mesmo confessava com regularidade o "cagaço" que tinha apanhado»; (págs.79-80).

– «A operação "Tridente" serviu como "laboratório" ao DFE8. Nela se afinaram procedimentos e se experimentaram novas tácticas, nela se adquiriram a 'endurance' e a tenacidade indispensáveis para o que ainda os esperava, testaram a força de vontade e cimentaram a amizade, a camaradagem e o espírito de corpo. E Alpoim Calvão assumiu para si mesmo um objectivo para aquela guerra: "queria todos os dias apanhar um ou dois inimigos".»; (pág.84).

– «Felizmente, não era só de guerra que se vivia na Guiné. Quando se encontravam na cidade, os fuzileiros procuravam entreter-se conforme os seus interesses pessoais: uns a petiscar ostras e a beber cerveja Cristal, no "Zé da Amura"; outros recompondo-se das rações de combate com o frango à cafreal nos restaurantes da cidade; outros ainda deambulando pelo Alto Crim à procura de negras, crioulas ou brancas que a troca de "patacão" ou por gosto, lhes proporcionassem momentos de prazer, ou passando as noites na animação do Chat Noir, que muitas vezes, quando o sangue fervia – e para isso bastava um militar sentir-se humilhado ou ver a sua unidade achincalhada –, acabavam em pancadaria da grossa"; (págs.94-95).

– «Na Guiné, ainda antes da independência e à medida que as Forças Armadas Portuguesas retiram, explode o sentimento de vingança do PAIGC contra os seus concidadãos que estiveram ao lado de Portugal, e começam os assassinatos. A primeira vítima é o tenente Abdulai Queta Jamanca, que pertencera à 1ª Companhia de Comandos Africanos e participara na operação "Mar Verde", um herói condecorado pelo general Spínola.» (pág.145).

 

Imagens da apresentação do livro, no Porto:

 

 

 

 

Aquisição:

contactos:
e-mail:  caminhosromanos@gmail.com
telefone: 220 110 532

telemóvel: 936 364 150

 

 

 

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Guiné - Operação "Mar Verde"

 

 

 

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