Medalha de Mérito Militar de 3.ª
classe
António Rebordão Esteves Pinto,
Coronel de Infantaria na situação de
reforma, nasceu no ano de 1934, na
cidade do Fundão.
Em 1957, estudante na Faculdade de
Medicina Veterinária de Lisboa,
assenta praça na Escola Prática de
Infantaria (EPI - Mafra) como
soldado-cadete (n/m 45234356);
Em
1 de Novembro de 1959 promovido a
alferes miliciano;
Em 12 de Junho de 1961, alferes do
quadro de complemento de infantaria,
encontrando-se adido ao Regimento de
Infantaria 4 (RI4 - Faro), regressa
à Escola Prática de Infantaria (EPI
- Mafra);
Em
12 de Agosto de 1961, tendo sido
mobilizado em regime individual para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola, embarca em
Lisboa no NTT 'Vera Cruz' com
destino ao porto de Luanda, a fim de
ser integrado na Companhia de
Comando e Serviços da Região Militar
de Angola (CCS/QG/RMA);
Em 1 de Dezembro de 1962 promovido a
tenente (com antiguidade a 5 de
Abril de 1963);
Em 13 de Maio de 1963 agraciado com
a Cruz de Guerra de 4ª classe:
Alferes
Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO REBORDÃO ESTEVES PINTO
CCS/QG/RMA
ANGOLA
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na Ordem do Exército n.º 7 – 2.ª
série, de 1963.
Foi agraciado com a Cruz de Guerra
de 4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, aprovado por Decreto n.º 35
667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Angola, cuja data
vai indicada:
Por Despacho de 13 de Maio de
1963:
O Alferes Miliciano, António
Rebordão Esteves Pinto, da Companhia
de Comando e Serviços, do Quartel
General da Região Militar de Angola.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Despacho de 23 de Abril de 1963,
do General Comandante da Região
Militar de Angola, publicado na
ordem de Serviço n.º 34, de 26 do
mesmo mês e ano, do Quartel General
da Região Militar de Angola (QG/RMA):
Louvado
o Alferes Miliciano de Infantaria,
António Rebordão Esteves Pinto, da
Companhia de Comando e Serviços, do
Quartel General da Região Militar de
Angola, pela sua brilhante actuação
em combate, ao longo de seis meses,
enquanto pertenceu à 4.ª Companhia
de Caçadores do Batalhão de
Caçadores 3 (4ªCCac/BC3), revelando
em todas as acções em que tomou
parte, excepcionais qualidades de
bravura, desembaraço e decisão.
Nomeadamente no dia 24 de Fevereiro
de 1962, comandando uma escolta a
uma coluna, que incluía as mais
representativas entidades oficiais
do distrito do Zaire, além de uma
viatura carregada de munições e
várias outras de reabastecimentos
diversos, que, de Nóqui, regressava
a São Salvador, teve que repelir
quatro ataques consecutivos levados
a cabo pelo inimigo. Este,
certamente conhecedor do objectivo
altamente remunerador que esta
coluna oferecia, montou ao longo do
itinerário quatro emboscadas em
pontos críticos, com grupos
numerosos, bem armados e devidamente
comandados.
Apesar
da nítida superioridade inimiga,
todos esses grupos foram
sucessivamente repelidos e
desbaratados com elevadas baixas,
graças à acção pessoal do Alferes
Esteves Pinto que mais uma vez
revelou, a par de apreciáveis
conhecimentos tácticos, um
contagiante entusiasmo e uma
extraordinária coragem, sangue frio
e serena energia debaixo de fogo.
Em 6 de Setembro de 1963 regressa à
Metrópole;
Em 16 de Setembro de 1963 fica
colocado no Batalhão de Caçadores 5
(BC5 - Campolide);
Em
Novembro de 1963 ingressa, por
convite do Estado-Maior do Exército
(EME), na Academia Militar;
Em 16 de Julho de 1965 considerado
aspirante-a-oficial de infantaria
graduado em tenente, colocado como
instrutor no Centro de Instrução de
Sargentos
Milicianos de Infantaria (CISMI -
Tavira);
Em 1 de Novembro de 1965 promovido a
alferes de infantaria graduado em
tenente;
Em
1 de Dezembro de 1967 promovido a
tenente;
Em 6 de Março de 1970, tendo sido
mobilizado pelo Batalhão
Independente de Infantaria 19
(BII19
- Funchal) para servir Portugal na
Província Ultramarina de Timor,
embarca em Lisboa no NTT
'Índia'
rumo ao porto de Dili, como capitão
comandante da Companhia de Caçadores
2682 (CCac2682);
Em 22 de Março de 1972 regressa à
Metrópole;
Em 11 de Abril de 1972 fica colocado
no Regimento de Infantaria 16 (RI16
- Évora);
Em
4 de Fevereiro de 1974, major com
antiguidade a 1 de Janeiro de 1974,
agraciado com a Medalha de Mérito
Militar de 3ª classe;
Em 31 de Janeiro de 1975, tendo sido
nomeado por imposição para servir
Portugal na Província
Ultramarina
de Angola, embarca em Lisboa no
Aeródromo Base n.º 1 (AB1 - Figo
Maduro) com destino ao aeroporto de
Luanda;
Em data anterior a Novembro de 1975
regressa definitivamente à
Metrópole;
Em 5 de Maio de 1981 promovido a
tenente-coronel;
Em 26 de Agosto 1987 promovido a
coronel;
Em 1 de Julho de 1993 desligado do
serviço; e
Desde 1 de Julho de 1998 na situação
de reforma.
Faleceu no dia 18 de Dezembro de
2020.