Coronel de
Cavalaria (na situação de reforma)
16Out1931 > 13Dez2016
- em 1957/58 alferes de cavalaria,
colocado em Luanda como adjunto do
comandante do 1ºEsq/GRA-RMA;

- em 06Out1959-30Jan1960, com o
posto de tenente frequenta na
EPC-Santarém o curso de promoção a
capitão (informações, operações e
serviços), sendo colocado no Grupo
Divisionário de Carros de Combate,
do RL2-Ajuda;
- em 07Mai1960 promovido a capitão
(contando antiguidade desde
26Abr1960);
- em 26Set-29Out1960 frequenta no
RL2 o curso de polícia militar;
-
seguidamente nomeado para frequentar
por antecipação o curso de promoção
a oficial superior da arma de
cavalaria, no ano lectivo 1960/61,
com vista a posterior frequência do
curso de estado-maior;
- em 12Jan1962 tendo sido mobilizado
pelo RL2, embarca em Lisboa no NTT
'Niassa' rumo a Luanda, como
comandante da CPM314;
- em 15Out1963 louvado pelo
comandante da RMA:
– «Pela firmeza, competência e
inexcedível aprumo como tem exercido
o comando da
companhia de polícia militar nº 314.
Oficial de forte personalidade e
carácter firme, destemido,
disciplinado e disciplinador, soube
estruturar a sua unidade por forma a
manter um muito elevado nível de
eficiência em todas as
circunstâncias em que tem actuado.
Graças à sua acção de comando, ao
carácter que tem sabido imprimir nos
seus homens, ao seu espírito ele
missão, ao procedimento imposto à
companhia de polícia militar nº 314
se fica devendo o grande prestígio
alcançado pela polícia militar,
tanto no meio militar como no civil.
Mas nem só nas funções inerentes ao
tipo da sua unidade o capitão Matos
Guerra se tem distinguido. Também na
realização de numerosas escoltas
para zonas onde o terrorismo é mais
activo, soube este oficial dar
provas da sua capacidade de
organização, completa subordinação
às ordens recebidas, prontidão
operacional e coragem. A forma
completa e eficiente como o capitão
Matos Guerra tem desempenhado as
missões que lhe são atribuídas, faz
com que a sua actividade seja citada
como padrão de comando das unidades
de polícia militar e lhe mereça a
mais completa confiança do comando
pela região militar de Angola, sendo
de toda a justiça assinalar os
serviços prestados à região militar
de Angola.»;
- em 24Mar1964 inicia em Luanda a
torna-viagem a bordo do NTT 'Vera
Cruz';
- em 28Jul1964 agraciado com a
Medalha de Mérito Militar de 3ª
classe;
- em 01Set1964 colocado no EME;
- em 23Mar1965 louvado «porque,
no desempenho das funções de adjunto
da Chefia do Serviço de Preboste,
mais uma vez demonstrou ser dotado
de grande flexibilidade intelectual
e possuir sólidos conhecimentos
profissionais, que, aliados a uma
intransigente firmeza de opinião e a
uma exemplar lealdade posta no
cumprimento das suas funções,
confirmam o alto conceito em que é
tido de oficial distinto,
pundonoroso, disciplinado e
disciplinador, possuidor de forte
personalidade, definida por vincadas
qualidades de carácter, de lealdade
e de inteligência, qualidades estas
que lhe granjearam a estima e a
admiração dos seus superiores e
camaradas, e o creditam como um
muito bom oficial, que merece ser
apontado como exemplo.»;
- em 20Jun1965 cessa anteriores
funções exercidas na PSP;

- em 20Out1965, tendo sido
mobilizado pelo RL2, embarca em
Lisboa no NTT 'Niassa' rumo a
Bissau, como comandante da CPM1489;
- em 08Nov1965 agraciado com o grau
de Cavaleiro da Ordem Militar de
Avis;
- em 27Jul1967 inicia em Bissau a
torna-viagem;
- em 23Jul1968, encontrando-se
colocado como adido na GNR,
promovido a major;
- em 10Set1968 regressa a Bissau,
nomeado pelo CCFAG para chefiar a
Secção de Reordenamentos e
Autodefesas da RepACAP/QG;
–
24Fev1970 agraciado com a Medalha de
Prata de Serviços Distintos com
palma:
«Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro da Defesa
Nacional, louvar, por proposta do
comandante-chefe das Forças Armadas
na Guiné, o major de cavalaria
Eduardo Matos Guerra, pela forma
altamente eficiente, dinâmica e
devotada como desempenhou as funções
de chefe da divisão de organização e
defesa das populações, do gabinete
militar do comandante-chefe das
Forças Armadas na Guiné, que
estruturou e organizou de forma
modelar, e ultimamente corno chefe
de secção no quartel-general do
comandante-chefe das Forças Armadas
na Guiné, gerindo os mesmos
assuntos. Tendo chegado à Guiné em
Setembro de 1968 e sendo-lhe
confiada a missão de estruturar e
impulsionar o reordenamento e
autodefesa das populações, o major
Matos Guerra, no curto prazo de
dezasseis meses, planeou e executou
uma vasta obra neste sector. De
realçar as suas qualidades de
inteligência, método, iniciativa e
inultrapassável capacidade de
trabalho, que, a par da elevada
noção de espírito de missão,
permitiram em curto prazo a
sistematização de um plano
provincial de reordenamentos e
autodefesas, englobando matérias
que, saindo do âmbito dos
conhecimentos militares, o obrigaram
a um exaustivo estudo de pesquisa,
em ordem a encontrar soluções
realistas. A par da sua acção no
campo do planeamento e da
organização, impulsionou e
acompanhou a execução com
inexcedível determinação, sem olhar
a canseiras nem a sacrifícios e com
manifesto prejuízo da sua abalada
saúde, deslocando-se a todos os
pontos da província onde se impunha
a sua presença, resolvendo
adequadamente todos os problemas,
sendo de elementar justiça
considerar que toda a obra de
reordenamentos realizada na
província desde 1968, se ficou
devendo à sua acção. Foi ainda o
major Matos Guerra pedra fundamental
no estudo e elaboração da recente Iegislação sobre o recenseamento e
controle da população, documentos de
alto interesse e oportunidade na
actual vida das populações da Guiné.
O major Matos Guerra, pelas
excepcionais qualidades militares e
de carácter, elevado espírito de
missão, firme determinação e
inultrapassável capacidade de
trabalho, ganhou jus a ser apontado
como oficial muito distinto, que
muito honra a arma a que pertence e
o Exército, e que prestou à causa
nacional na Guiné serviços em
campanha que é justiça classificar
de relevantes, extraordinários e
distintos.»
-
em 23Out70 regressa a Lisboa,
ficando colocado no RC3-Estremoz;
- em 01Mar1971, tendo sido
requisitado pelo Ministério do
Ultramar para desempenhar comissão
de âmbito civil na Província da
Guiné Portuguesa, volta a Bissau;
- em 16Mar1971 no palácio do governo
provincial da Guiné Portuguesa, é
empossado no cargo de presidente do
município de Bissau;
- em 28Abr1972 desloca-se a Lisboa,
sendo recebido em audiência pelo
ministro do Ultramar;
- em 18Out1973 cessa as suas funções
em Bissau e regressa à Metrópole.