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Falecimento

Faleceu o Coronel de Cavalaria Eduardo Matos Guerra

 

Elementos cedidos pelo veterano J. C. Abreu dos Santos

Nota de óbito:

 

Faleceu, no dia 13 de Dezembro de 2016, o veterano

 

Eduardo Matos Guerra

 

Coronel de Cavalaria (na situação de reforma)

 

16Out1931 > 13Dez2016

 

- em 1957/58 alferes de cavalaria, colocado em Luanda como adjunto do comandante do 1ºEsq/GRA-RMA;


- em 06Out1959-30Jan1960, com o posto de tenente frequenta na EPC-Santarém o curso de promoção a capitão (informações, operações e serviços), sendo colocado no Grupo Divisionário de Carros de Combate, do RL2-Ajuda;


- em 07Mai1960 promovido a capitão (contando antiguidade desde 26Abr1960);


- em 26Set-29Out1960 frequenta no RL2 o curso de polícia militar;


- seguidamente nomeado para frequentar por antecipação o curso de promoção a oficial superior da arma de cavalaria, no ano lectivo 1960/61, com vista a posterior frequência do curso de estado-maior;


- em 12Jan1962 tendo sido mobilizado pelo RL2, embarca em Lisboa no NTT 'Niassa' rumo a Luanda, como comandante da CPM314;


- em 15Out1963 louvado pelo comandante da RMA:


– «Pela firmeza, competência e inexcedível aprumo como tem exercido o comando da companhia de polícia militar nº 314. Oficial de forte personalidade e carácter firme, destemido, disciplinado e disciplinador, soube estruturar a sua unidade por forma a manter um muito elevado nível de eficiência em todas as circunstâncias em que tem actuado. Graças à sua acção de comando, ao carácter que tem sabido imprimir nos seus homens, ao seu espírito ele missão, ao procedimento imposto à companhia de polícia militar nº 314 se fica devendo o grande prestígio alcançado pela polícia militar, tanto no meio militar como no civil. Mas nem só nas funções inerentes ao tipo da sua unidade o capitão Matos Guerra se tem distinguido. Também na realização de numerosas escoltas para zonas onde o terrorismo é mais activo, soube este oficial dar provas da sua capacidade de organização, completa subordinação às ordens recebidas, prontidão operacional e coragem. A forma completa e eficiente como o capitão Matos Guerra tem desempenhado as missões que lhe são atribuídas, faz com que a sua actividade seja citada como padrão de comando das unidades de polícia militar e lhe mereça a mais completa confiança do comando pela região militar de Angola, sendo de toda a justiça assinalar os serviços prestados à região militar de Angola.»;

 

- em 24Mar1964 inicia em Luanda a torna-viagem a bordo do NTT 'Vera Cruz';


- em 28Jul1964 agraciado com a Medalha de Mérito Militar de 3ª classe;


- em 01Set1964 colocado no EME;

- em 23Mar1965 louvado «porque, no desempenho das funções de adjunto da Chefia do Serviço de Preboste, mais uma vez demonstrou ser dotado de grande flexibilidade intelectual e possuir sólidos conhecimentos profissionais, que, aliados a uma intransigente firmeza de opinião e a uma exemplar lealdade posta no cumprimento das suas funções, confirmam o alto conceito em que é tido de oficial distinto, pundonoroso, disciplinado e disciplinador, possuidor de forte personalidade, definida por vincadas qualidades de carácter, de lealdade e de inteligência, qualidades estas que lhe granjearam a estima e a admiração dos seus superiores e camaradas, e o creditam como um muito bom oficial, que merece ser apontado como exemplo.»;

- em 20Jun1965 cessa anteriores funções exercidas na PSP;


- em 20Out1965, tendo sido mobilizado pelo RL2, embarca em Lisboa no NTT 'Niassa' rumo a Bissau, como comandante da CPM1489;


- em 08Nov1965 agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis;


- em 27Jul1967 inicia em Bissau a torna-viagem;


- em 23Jul1968, encontrando-se colocado como adido na GNR, promovido a major;


- em 10Set1968 regressa a Bissau, nomeado pelo CCFAG para chefiar a Secção de Reordenamentos e Autodefesas da RepACAP/QG;

– 24Fev1970 agraciado com a Medalha de Prata de Serviços Distintos com palma:


«Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, louvar, por proposta do comandante-chefe das Forças Armadas na Guiné, o major de cavalaria Eduardo Matos Guerra, pela forma altamente eficiente, dinâmica e devotada como desempenhou as funções de chefe da divisão de organização e defesa das populações, do gabinete militar do comandante-chefe das Forças Armadas na Guiné, que estruturou e organizou de forma modelar, e ultimamente corno chefe de secção no quartel-general do comandante-chefe das Forças Armadas na Guiné, gerindo os mesmos assuntos. Tendo chegado à Guiné em Setembro de 1968 e sendo-lhe confiada a missão de estruturar e impulsionar o reordenamento e autodefesa das populações, o major Matos Guerra, no curto prazo de dezasseis meses, planeou e executou uma vasta obra neste sector. De realçar as suas qualidades de inteligência, método, iniciativa e inultrapassável capacidade de trabalho, que, a par da elevada noção de espírito de missão, permitiram em curto prazo a sistematização de um plano provincial de reordenamentos e autodefesas, englobando matérias que, saindo do âmbito dos conhecimentos militares, o obrigaram a um exaustivo estudo de pesquisa, em ordem a encontrar soluções realistas. A par da sua acção no campo do planeamento e da organização, impulsionou e acompanhou a execução com inexcedível determinação, sem olhar a canseiras nem a sacrifícios e com manifesto prejuízo da sua abalada saúde, deslocando-se a todos os pontos da província onde se impunha a sua presença, resolvendo adequadamente todos os problemas, sendo de elementar justiça considerar que toda a obra de reordenamentos realizada na província desde 1968, se ficou devendo à sua acção. Foi ainda o major Matos Guerra pedra fundamental no estudo e elaboração da recente Iegislação sobre o recenseamento e controle da população, documentos de alto interesse e oportunidade na actual vida das populações da Guiné. O major Matos Guerra, pelas excepcionais qualidades militares e de carácter, elevado espírito de missão, firme determinação e inultrapassável capacidade de trabalho, ganhou jus a ser apontado como oficial muito distinto, que muito honra a arma a que pertence e o Exército, e que prestou à causa nacional na Guiné serviços em campanha que é justiça classificar de relevantes, extraordinários e distintos.»
 

- em 23Out70 regressa a Lisboa, ficando colocado no RC3-Estremoz;


- em 01Mar1971, tendo sido requisitado pelo Ministério do Ultramar para desempenhar comissão de âmbito civil na Província da Guiné Portuguesa, volta a Bissau;


- em 16Mar1971 no palácio do governo provincial da Guiné Portuguesa, é empossado no cargo de presidente do município de Bissau;


- em 28Abr1972 desloca-se a Lisboa, sendo recebido em audiência pelo ministro do Ultramar;


- em 18Out1973 cessa as suas funções em Bissau e regressa à Metrópole.

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Missa de corpo presente, pelas 10:00 de 15Dez2016 na Igreja de Linda-a-Velha, seguindo o préstito fúnebre para o cemitério do Alto de São João.

Que a sua Alma repouse em Paz.
 

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