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Enviado por
Afonso M. F. Sousa
De:
AFONSO M.F.SOUSA
Enviada: segunda-feira, 4 de Dezembro de 2006
1:19
Para: UTW
Assunto:
Governo vai rever subsídio que seria
atribuído aos combatentes
O
Governo prepara-se para rever o suplemento de pensão de
reforma que iria ser atribuído aos antigos combatentes
do Ultramar, segundo adiantou ontem o ministro da
Defesa, Severiano Teixeira.
O responsável governamental
fez estas declarações ontem de manhã, na Base Aérea nº
6, no Montijo, durante a recepção à força de fuzileiros
da Marinha de Guerra e das tripulações dos C-130 da
Força Aérea, que regressaram da missão no Congo.
Severiano Teixeira foi
confrontado com as declarações do chefe de
Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante
Mendes Cabeçadas, que em entrevista ao DN/TSF levantou
dúvidas sobre a capacidade financeira do Estado em
cumprir com o suplemento da pensão de reforma para os
ex-combatentes, uma promessa que considerou ser
demagógica "Digo isto sem hipocrisia nenhuma. Fiz três
comissões, vi morrer, vi combater, mas o país não tem
recursos para todos os problemas".
O ministro da Defesa
esclareceu que o suplemento da pensão "é uma das várias
questões que estão em cima da mesa e em que o Governo
está a trabalhar". Severiano não esclareceu em que
sentido poderá avançar a decisão governamental, mas
deixou fortes pistas "Naturalmente é preciso fazer
opções porque os recursos não são ilimitados". Prometeu,
no entanto, que a decisão final estará para "breve", que
"há várias opções técnicas e estamos a estudar cada uma
delas".
A ser assim será mais um
motivo de discórdia com as associações e representantes
de militares no activo e na reforma, uma situação que
tem levado a protestos e à punição do sargento-mor David
Pereira, vice-presidente da Associação Nacional de
Sargentos, que começou a cumprir na quarta-feira cinco
dias de detenção, determinados pelo chefe de
estado-Maior da Armada.
O tribunal administrativo de
Leiria determinou a suspensão do cumprimento da sanção,
que não foi, no entanto, acatada pela Marinha.
A
Associação Nacional de Sargentos (ANS), entregou ontem à
tarde uma petição na Presidência da República e
elaborada por David Pereira, "solicitando a S.Exa. O
Presidente da República e comandante Supremo das Forças
Armadas, que no rigoroso cumprimento cumprimento das
responsabilidades que lhe estão cometidas faça
prevalecer os despachos" judiciais para suspensão da
medida disciplinar. Mas a crer na resposta de Severiano
Teixeira é de crer que a solitação junto da Presidência
não venha a surtir efeito.
LUSA
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