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Angola

ANGOLA - IMAGENS - Cedidas por ex-Combatentes ou em sites próprios

 

 

Alferes Mil.º Atirador José António Barrilaro Fernandes Ruas

 

Medalha de Prata de Valor Militar, com palma

 

Atribuída em 1962, a título póstumo, publicada na OE5/IIª/62, conforme pág. 153 do tomo I, do 5.º volume da RHMCA/EME

 

Companhia de Caçadores 117 / Batalhão de Caçadores 114

 

Angola 1961/1963

 

A Companhia de Caçadores 117 fez parte do (clique no sublinhado que se segue) 3.º contingente de tropas destinadas à Região Militar de Angola. Embarcou no NTT "Niassa" no dia 28 de Maio de 1961.

 

Fotos do Alferes Mil.º Atirador José António Barrilaro Fernandes Ruas cedidas pelo veterano Manuel Amaral

restantes elementos cedidos por um colaborador do portal UTW

 

José António Barrilaro Fernandes Ruas, Alferes Mil.º Atirador, natural da freguesia da Sé Nova, concelho de Coimbra, mobilizado pelo Regimento de Infantaria 1, para servir na Região Militar de Angola, integrado na Companhia de Caçadores 117 do Batalhão de Caçadores 114.

 

Tombou em combate no dia 29 de Setembro de 1961.

 

Está sepultado no cemitério de Gesteira, no concelho de Soure.

 

 

 

 

Clique em cada um dos sublinhados que se seguem para visualização dos conteúdos

 

O alferes Barrilaro Ruas, quando no decurso de uma acção integrada na "Operação Turbilhão" a sul de Nambuangongo, veio a ser o primeiro oficial das FA's Portuguesas mortalmente atingido em Angola por um único tiro, disparado pelo 'sniper' António Fernandes (mercenário ao serviço da UPA e que actuava nas imediações das picadas dos Dembos setentrionais).

 

Em 19Abr63 o município de Lisboa, em homenagem àquele militar, atribuiu, ao arruamento D no bairro dos Olivais-Norte, o topónimo «Rua Alferes Barrilaro Ruas».

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Fonte: «A Minha Tropa, Anos "60"»

Terça-feira, 20 de Maio de 2008

Fazenda Beira Baixa

 

Na Fazenda Beira Baixa, o reabastecimento às nossas tropas, era difícil devido ao facto dos guerrilheiros da UPA montarem emboscadas diárias às patrulhas que reabasteciam as tropas ali acantonadas.


Recordo que, durante uns três dias, esgotaram-se as rações de combate e nem sequer havia bolachas de água e sal para, ao menos, “enganar o estômago”. Nesse período, houve apenas e no máximo, duas refeições diárias. O pequeno almoço não ia além de um púcaro de café, desacompanhado de pão ou bolacha. Ao almoço, a refeição era única e simplesmente: macarrão com chouriço, e, à noite, para variar!… chouriço com macarrão.

 

Por vezes houve necessidade de recorrer ao reabastecimento aéreo, pouco prático porque os pesados sacos com os víveres, ao serem lançados de uma altura bastante considerável para o interior do aquartelamento, batiam estrondosamente no solo e ficavam em muito mau estado de utilização, não deixando, por isso, de serem convenientemente aproveitados.


Numa das patrulhas de reabastecimento terrestre, foi morto, numa emboscada do IN, o Alferes Barrilaro Ruas, da CC 117. No âmbito da toponímia, a autarquia de Lisboa, em sessão de câmara, deu o nome, desse mártir da guerra colonial, a uma rua da capital. Trata-se da Rua Alferes Barrilaro Ruas, em Santa Maria dos Olivais. Situa-se entre a Rua General Silva Freire e a Rua Sargento Armando Monteiro Ferreira (Bairro Olivais Norte). Deste episódio, e não só, falará o meu amigo Alferes, Nobre de Campos, no Blog CC 115, porque foi ele quem, com o seu 3º. Pelotão, avançou em socorro dessa coluna de reabastecimento tendo o pelotão sido também flagelado pelo IN, logo que chegou ao local. Refiro apenas que a CC 115, sofreu ali mais 2 mortos e alguns feridos com gravidade.

 

Nobre de Campos disse...

O Alferes Barrilaro Ruas, Oficial da CC 117, foi o Cadete melhor classificado da Escola de Oficiais Milicianos de 1960, na EPI.


A sua morte foi trágica, como a de todos os outros militares mortos em combate. Mas tornou-se muito notória pelas circunstâncias que a envolveram: a CC 117 estava estacionada em Quissacala ou Kiptêlo, não posso precisar bem, e ele havia beneficiado de uns dias de dispensa para ir a Luanda receber a esposa que vinda da Metrópole, pretendia acompanhar o marido, Alferes Barrilaro Ruas. Porque a zona onde a sua companhia se encontrava não oferecia segurança, a esposa teve de ficar em Luanda e ele regressou à sua unidade.


Regressado, foi o primeiro da escala para comandar uma patrulha de reabastecimento à CC 115 que se encontrava na Beira Baixa. Saindo a patrulha motorizada do seu acampamento e percorridos poucos quilómetros, ao atravessar uma zona em que a picada era dominada por uma colina pelo lado direito, um atirador emboscado, não teve dificuldade em identificar o comandante da patrulha que, imprudentemente e por estar frio, era portador de um casaco de cabedal e com os galões dourados a brilhar. Com um tiro certeiro atingiu o Alferes Ruas numa zona mortal. Verificaram-se ainda mais dois feridos ligeiros.

 

O 3º Pelotão da CC 115 recebeu a missão de ocupar pontos sensíveis junto à picada a percorrer pela patrulha, o que aconteceu. Nesse dia, os elementos da patrulha motorizada que habitualmente faziam tiros de reconhecimento para locais ao longo da picada mais propícios a emboscada, não fizeram um único tiro de reconhecimento e as viaturas marchavam em velocidade muito acelerada, apenas se ouvindo o ruído dos motores, o que causou surpresa ao comandante do 3º Pelotão, vigilante ao longo da referida picada. Passada a patrulha, e regressando ao acampamento, o comandante do 3º Pelotão foi surpreendido pela notícia da morte do seu camarada e grande amigo desde o COM em Mafra, onde faziam parte do mesmo Pelotão de Instrução.
 

"We don't need another hero!"

 

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 Barrilaro Ruas 1

Barrilaro Ruas 2

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Em Lisboa:

 

«Rua Alferes Barrilaro Ruas»

 

Em 19Abr63 o município de Lisboa, em homenagem àquele militar, atribuiu, ao arruamento D no bairro dos Olivais-Norte, o topónimo «Rua Alferes Barrilaro Ruas»

 

 
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Em Soure:

 

«Rua Alferes Barrilaro Ruas»

 

 
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