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Condecorações

Manuel Joaquim da Rocha Cruz, Primeiro-Sargento Pára-Quedista

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

 

HONRA E GLÓRIA

Elementos cedidos pelo

PQ Pedro Castanheira

 

Manuel Joaquim da Rocha Cruz

 

Primeiro-Sargento Pára-Quedista

 

 

 

Angola: Mar1963 a Abr1965


3.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas
 

Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»


2.ª Região Aérea «FIDELIDADE E GRANDEZA»
 

Guiné: 14Dez1966 a Mai1968


4.º Pelotão da


Companhia de Caçadores Pára-Quedistas 121


Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 12 «UNIDADE E LUTA»
 

Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné «ESFORÇO E VALOR»
 

Angola: Jun1970 a Ago1975


2.º Pelotão


1.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas «IRMÃOS DE MARTE»
 

Equipas de Pisteiros


Instrutor da


Reciclagem Operacional a cerca de 200 elementos das Tropas Especiais
 

Instrutor do

 

Curso de Paraquedistas a militares portugueses naturais de Angola
 

Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»


Comando da Região Aérea 2 «FIDELIDADE E GRANDEZA»
 

Medalha de Ouro de Valor Militar, com palma Colectiva


Cruz de Guerra de 1.ª classe Colectiva


2 Cruzes de Guerra de 2.ª classe


Cruz de Guerra de 3.ª classe


Medalha de Mérito Militar de 4.ª classe


Prémio Governador da Guiné


Prémio “Heróis de Portugal”


Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Norte de Angola 1963 – 65”


Agraciado com a Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Guiné 1966 – 68”


Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Angola 1970 – 75”

 


 

Manuel Joaquim da Rocha Cruz, Primeiro-Sargento Pára-Quedista, nascido no dia 19 de Janeiro de 1942, na freguesia e concelho de Penafiel;


Em 19 de Janeiro de 1962, incorporado no Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;


Após a Escola de Recrutas, iniciou o 17.º Curso de Paraquedismo Militar que veio a concluir em Agosto de 1962, pelo que lhe foi atribuído o brevet n.º 1656;

 


 

Em Março de 1963, mobilizado pelo Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, integrado na 3.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (3ªCCP) do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» da 2.ª Região Aérea (2ªRA - Angola) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;


Em Abril de 1965, regressa à Metrópole e ao Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;


Agraciado com a Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Norte de Angola 1963 – 65”;


Em 01 de Junho de 1966, promovido a Furriel Pára-Quedista;


Em 14 de Dezembro de 1966, mobilizado pelo Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné, pelo que embarcou no NTT “Manuel Alfredo” rumo ao estuário do Geba;

 


Após o desembarque, foi integrado no 4.º Pelotão da Companhia de Caçadores Pára-Quedistas 121 (CCP121) do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 12 (BCP12) «UNIDADE E LUTA» da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné (ZACVG) «ESFORÇO E VALOR»;


Em 25 de Fevereiro de 1968, ferido com gravidade por estilhaços de uma armadilha durante a operação “CICLONE II”;


A propósito daquele incidente, o seu depoimento constante no livro “Guiné 1968 e 1973 – Soldados uma vez, sempre soldados!”, da autoria do Coronel de Cavalaria Pára-Quedista Nuno Mira Vaz;


Distinguido com o Prémio Governador da Guiné, por feitos em combate no teatro de operações da Guiné;


Louvado por feitos em combate no teatro de operações da Guiné, publicado na Ordem de Serviço n.º 70 de 22 de Março de 1968 do Comando da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe, pela Portaria de 26 de Abril de 1968:


Furriel Pára-Quedista
MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ
 

CCP121/BCP12 - RCP
Guiné


Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª Classe


Por Portaria de 26 de Abril 1968


Considerado como dado pelo Secretário de Estado Aeronáutica (SEA), o louvor concedido ao Furriel Pára-Quedista MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 12 (BCP12), publicado na Ordem de Serviço n.º 70 de 22 de Março de 1968 do Comando da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné, com a seguinte redacção:


“Louvado porque servindo na província da Guiné, há mais de um ano tem provado possuir excepcionais qualidades militares e morais.
Comandando uma secção em operações, desde o início, sempre o fez com muito senso e aplicação perfeita dos seus vastos conhecimentos profissionais.


Muito activo, empreendedor e aprumado, foi desde a primeira hora um exemplo para os seus homens, conduzindo-os em combate com rara energia e agressividade.


Por necessidade do Batalhão, foi o Furriel Cruz colocado na direcção de parte das obras nos novos edifícios, mas apresentando como condições a sua presença em todas as missões de combate do seu pelotão.


Durante a Operação “HERCULES”, quando o inimigo atacou as forças da cauda da coluna ferindo gravemente um elemento das nossas tropas, o Furriel Cruz não arredou pé, aguentou o ímpeto inicial do inimigo e posteriormente pô-lo em debandada.


Atingido ele próprio durante a operação “CICLONE II” pelo rebentamento de uma granada inimiga soube manter-se sereno no seu posto, verificando em seguida as posições dos seus homens e só depois procurando o enfermeiro para ser tratado.


Valente, trabalhador e educado, o Furriel Cruz soube fazer jus à estima de todos os seus camaradas de Unidade e deve ser apontado como exemplo de Sargento Pára-quedista.


A sua acção na Província foi altamente honrosa, de que resultou prestígio para a Força Aérea.”


Em Maio de 1968, regressa à Metrópole e ao Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;


Em 1968, considerado abrangido com direito ao uso da insígnia da condecoração colectiva da Cruz de Guerra de 1.ª classe, concedida ao Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 12 (BCP12) «UNIDADE E LUTA», cuja concessão foi publicado no Diário do Governo n.º 86/1968, Série I, de 10 de Abril de 1968;


Agraciado com a Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Guiné 1966 – 68”;


Em Junho de 1970, mobilizado pelo Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, integrado no 2.º Pelotão da 1.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (1ªCCP) «IRMÃOS DE MARTE» do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do Comando da Região Aérea 2 (COMRA2 - Angola) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;


Em 20 de Fevereiro de 1971, ferido em combate durante a operação “LUZ/H”, tal facto relatado no livro “Entre Descobertas e Memórias”, da autoria do Sargento PQ Joaquim Moreira, que estava em Angola nessa altura;

 

Foto cedida pelo SMor PQ Serrano Rosa

 

Louvado por feitos em combate no teatro de Operações de Angola, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola de 15 de Setembro de 1971;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, publicado na Ordem de Serviço n.º 38 do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola:


Segundo Sargento Pára-Quedista
MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ
 

1ªCCP/BCP21 – RCP
Angola


Condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, verificadas as condições dos parágrafos 1.º e 4.º do artigo 10.º do mesmo Regulamento, o 2.º Sargento Pára-Quedista MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21, publicado na Ordem de Serviço n.º 38, de 17 de Setembro de 1971, do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Despacho de 15 de Setembro de 1971. Do General Comandante-Chefe, publicado na Ordem de Serviço n.º 223, de 23 de Setembro de 1971, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21):


O 2.º Sargento Pára-Quedista MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21), pelas qualidades de combatente de rara estirpe reveladas numerosas vezes e nas mais diversas situações, quaisquer que fossem os riscos ou dificuldades que houvesse que enfrentar.


De salientar a sua actuação na operação “LUX H” em que, numa magnífica manifestação de audácia, determinação e agressividade, se lançou sobre o inimigo quando ele se preparava para desencadear uma emboscada.


Ainda na mesma operação, ao aperceber-se que um dos seus homens se encontrava gravemente ferido, e apesar de ele próprio ter sido atingido numa perna, o que o impossibilitava de se levantar, rastejou a peito descoberto, a fim de o cobrir com o fogo da sua arma, num rasgo pleno de bravura, abnegação e inteiro desprezo pelo perigo.


De referir também a sua acção nas operações “RAZIAR” e “REMOVER II”, onde, sob o intenso fogo desencadeado pelo adversário instalado, galvanizou os homens que comandava pelo seu exemplo de coragem, decisão, sangue-frio e serena energia debaixo de fogo, levando-os a quebrar a resistência do inimigo, pondo-o em debanda.


Por todo o exposto, o 2.º Sargento CRUZ vincou bem as suas reais qualidades de condutor de homens, sendo credor de alta distinção e digno de ser apontado como um militar que muito honra as tropas Pára-Quedistas que devotadamente vem servindo dentro das melhores tradições das armas portuguesas.


Em 22 de Março de 1972, conclui o Curso de Pisteiro de Combate no Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) e passa a integrar as Equipas de Pisteiros, daquele Batalhão;


Em 10 de Junho de 1972, perante as Forças Armadas Portuguesas reunidas em parada na Praça Diogo Cão, em Luanda, foi-lhe imposta a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe:

 

Alguns dos homenageados no dia 10 de Junho, em Luanda

 

 

 

 

 

Aspecto das Forças em parada, na praça Diogo Cão, em Luanda

 

Em 1973, considerado abrangido com direito ao uso da insígnia da condecoração colectiva da Medalha de Ouro de Valor Militar, com palma, concedida ao Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS», cuja concessão foi publicado no Diário do Governo n.º 43, 2.ª série, de 20 de Fevereiro de 1973;


Em 1973, distinguido com o prémio “Heróis de Portugal”;


Em 1973, instrutor da Reciclagem Operacional a que foram submetidos no Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» cerca de 200 elementos das Tropas Especiais (TE);


Louvado por feitos em combate no teatro de Operações de Angola, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola Interino, de 20 de Março de 1974;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, publicado na Ordem de Serviço n.º 9 do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola (CCFAA), de 30 de Março de 1974:


Primeiro-Sargento Pára-Quedista
MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ
 

BCP21 – RCP
Angola


Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª Classe


Ordem de Serviço n.º 9 do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola (CCFAA), de 30 de Março de 1974


Por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola Interino, de 20 de Março de 1974, louvou:


O 1.º Sargento Pára-Quedista MANUEL JOAQUIM DA ROCHA CRUZ, do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas N.º 21, pelos excelentes serviços prestados, alguns já objecto de citações, durante cerca de quatro anos, no teatro de operações de Angola.


De carácter firme, profissionalmente muito competente e dotado de apreciável capacidade organizadora, cedo se revelou pelo espírito de sacrifício, iniciativa e generosa vontade de bem servir. Nas numerosas operações em que participou, deu continuadas provas de coragem, decisão e notável resistência física que o levaram a dedicar-se, sem reservas, ao serviço de qualquer missão que lhe fosse confiada, arrastando consigo os homens sob o seu comando e impondo-se, pelo seu exemplo, como modelo de graduado.


É de salientar o seu comportamento quando, ainda convalescente de ferimentos sofridos recebidos em combate, se prontificou, voluntariamente, com a mesma abnegação, destemor e entusiasmo, a regressar à actividade operacional muito contribuindo para os excelentes resultados obtidos pela sua companhia, designadamente na operação “MONÇÃO”, na qual, mercê da sua persistência e dos seus excelentes conhecimentos de pistagem, se obteve o aniquilamento quase total de numeroso grupo IN e a apreensão de consideráveis quantidades de armamento e equipamento.


O interesse do 1º Sargento CRUZ pelo serviço, o seu aprumo e a sua honestidade constituíram sempre aval seguro a recomendá-lo para qualquer função, merecendo que os serviços prestados sejam considerados relevantes e meritórios.


No período de 19 de Agosto a 13 de Setembro de 1974, instrutor do curso de paraquedistas ministrado no Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» para militares portugueses naturais de Angola, que iriam servir no futuro Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 22 (BCP22), com sede no Luso, criado pelo Decreto-Lei n.º 221/74, publicado no Diário do Governo n.º 118/1974, Série I, página 638, de 21 de Maio de 1974;

 

A equipa de instruendos do curso paraquedistas, referenciado no parágrafo anterior, era constituído por um Alferes, sete Aspirantes-a-Oficiais, vinte e seis Furriéis do Quadro do Complemento e dois graduados sul-africanos, in livro “História do BCP21”;

 

BCP21: Setembro 1974 - Antes do primeiro salto do Curso de Paraquedismo de Angola

 

Legenda:

1
Primeiro-Sargento PQ Manuel Joaquim da Rocha Cruz
2 Tenente-Coronel PQ Luís Ramos Gonçalves, comandante do BCP21
3 Major PQ José Manuel Garcia Ramos Lousada – Director do Centro de Instrução do BCP21:

Director do 1.º Curso de pára-quedismo militar para militares Portugueses naturais de Angola (que visava a criação do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 22)

4 – Primeiro-Sargento PQ Catarino
5 – Tenente SG PQ Rosa Gaspar
6 – Major PQ José Agostinho de Melo Ferreira Pinto, Chefe de Operações do BCP21
 

Em Agosto de 1975, regressa à Metrópole e ao Regimento de Caçadores Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;


Agraciado com a Medalha Comemorativa das Campanhas com a legenda “Angola 1970 – 75”:


Em 05 de Julho de 1982, perante Forças Pára-Quedistas que constituíam o Corpo de Tropas Paraquedistas (CTP) reunidas em parada, em Tancos, foi-lhe imposta a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, a qual foi concedida em 30 de Março de 1974, publicada na Ordem de Serviço n.º 9 do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola (CCFAA), naquela data;


01 de Abril de 1984 passou à situação de reserva.

 

 

 

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